A Tragédia dos Comuns

 

A Tragédia dos Comuns

O que acontece quando muitos indivíduos compartilham recursos limitados?

Imagine que você viva em uma pequena comunidade que depende da pesca de um lago próximo. Você divide o lago com outros 3 pescadores da comunidade.
Digamos que o lago possui 12 peixes que se reproduzem diariamente. A cada 2 peixes, 1 é adicionado no dia seguinte.

Para maximizar a oferta de comida, quantos peixes você deve pescar a cada dia?

Assumindo que cada novo peixe atinja um bom tamanho imediatamente, que o lago comece em sua máxima capacidade e que se ignore o sexo do peixe capturado, o número ideal que deveria ser pescado todos os dias é 1.

1 é o valor que todos os pescadores da comunidade deveriam pescar todos os dias.

A lógica é, se cada um pescar 1 peixe por dia, sobrará 8 peixes, que se reproduzirão e formarão um total de 12 peixes novamente no dia seguinte. A quantidade permanece equilibrada.
O problema é que você descobre que um dos outros pescadores pescou 2 peixes em um dia. Você se sente prejudicado e também passa a pescar 2 peixes, pois não quer ficar para trás e nem correr o risco de ficar sem.

Os outros pescadores fazem o mesmo que você e também começam a pescar 2 ou até mais peixes ao dia.

Em pouco tempo todos percebem que não há mais peixes a serem pescados no lago. Houve um desequilíbrio e todos os recursos foram consumidos e todos são prejudicados.
Esse é um exemplo simples da “Tragédia dos Comuns”.

Em 1968 o ecologista Garret Hardin escreveu um ensaio intitulado “A Tragédia dos Comuns”, em que trazia os desafios de superpopulações e seu consumo.
A ideia do estudo é que o compartilhamento de recursos limitados gera medo de escassez ou prejuízo. Isso faz com que indivíduos ajam centrados no interesse próprio e não no interesse coletivo.

A conclusão é que, se todos agirem apenas por interesse próprio, todos perdem no longo prazo.

Isso acontece porque quando todos tentam consumir o máximo, num curto espaço de tempo, os recursos são sobrecarregados. Logo, a pessoa que consumiu muito num primeiro momento, contribui para que ela mesma não tenha mais recursos no futuro. Isso pode ser visto atualmente quando há consumo excessivo de fontes naturais, minério, poluição, etc.

O mais comum são soluções regulatórias, em que governos impõem controle sobre os recursos de uma população.
Entretanto a ganhadora do Prêmio Nobel de Economia, Elinor Ostrom, estudando diversas comunidades ao longo dos anos, percebeu exemplos suficientes para afirmar que a questão pode ser resolvida pelo diálogo e relações baseadas em comunicação e confiança.

Precisaríamos gerar senso de cooperação e confiança uns nos outros. Esta seria a solução mais efetiva.

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